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FOLIA DE REIS

FOLIA DE REIS

09/01/2023 10h18 | 4894

Manifestação popular integra o patrimônio cultural imaterial de Paraty

A Folia de Reis é uma das manifestações folclóricas mais emblemáticas da cultura brasileira, tem origem portuguesa e chegou ao Brasil por volta do Século XVIII, trazida pelos jesuítas para ser um dos instrumentos de catequização. Conhecida também por Reisado ou Festa de Santos Reis, a folia recebeu influências indígenas e africanas, sendo considerada importante manifestação popular em diversos estados do país. A festa é celebrada na religião católica em comemoração à jornada dos três Reis Magos - Belchior, Gaspar e Baltazar - até o local de nascimento do menino Jesus. O encantamento dessa manifestação popular nasce das combinações entre diversão e religiosidade, com a qualidade musical e a devoção aos Reis Magos.

Há uma enorme variedade regional que pode ser atribuída aos encontros das populações afro-brasileiras e indígenas diante do cânone introduzido pelos autos de Natal da tradição ibérica no contexto colonial. A formação das folias de reis busca estabelecer a perpetuação da peregrinação dos Santos Reis, repetindo-a anualmente em suas jornadas ou giros. Os foliões se reúnem em torno da prática musical e distribuem-se em posições que compreendem especializações vocais, instrumentais e rituais. Além de distinguir registros diferentes na composição coletiva da toada (o estilo musical característico das folias), as posições também estão ligadas a uma distribuição espacial específica dos foliões no cortejo.

"Folia de Reis", por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural.

O festejo em questão integra o patrimônio cultural imaterial de Paraty como um dos componentes do sistema cultural do sítio misto "Paraty, Cultura e Biodiversidade", reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2019. A celebração mistura cantoria, cortejo e a visita de músicos tradicionais às casas. Habitualmente no turno da noite, a Folia de Reis Caboclinha no município celebra o nascimento de Jesus e conta com a identificação de estandartes e instrumentos como viola, caixa, pandeiro e a rabeca. A gastronomia é elemento essencial da festividade, caracterizada por receitas regionais, caseiras e também pelo hábito das pessoas fazerem doações de alimentos, dinheiro para a refeição e até mesmo se disponibilizarem para cozinhar para a comunidade.

No texto "Folia de Reis", publicação da Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira, lê-se que as folias de reis evidenciam um jogo complexo entre tradição e inovação, e nas várias regiões do Brasil partilham alguns elementos do enredo canônico dos Santos Reis. "No entanto, observa-se que a criatividade é um aspecto central, haja vista a importância atribuída aos versos improvisados pelos foliões. Entrelaçando profecia e improviso, as folias atualizam a jornada dos Santos Reis nos movimentos da vida contemporânea de foliões e devotos".

Folia de Reis: tradição em Paraty

A Folia de Reis possui um ciclo anual que normalmente compreende o período de 24 de dezembro a 6 de janeiro, dia de Santos Reis. Na cidade de Paraty percebe-se uma variação importante: a abertura da Folia de Reis acontece no dia 08 de dezembro e as celebrações estendem-se até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro da capital fluminense.

É na casa de Gérson Vieira, mestre folião, que há 25 anos a comunidade se reúne para festejar as tradições. "Nós do grupo de Folia de Reis caiçara resgatamos a tradição da ladainha da roça, cantada sem acompanhamento de instrumentos", conta Gérson. Morador da Várzea do Corumbê, ele celebra o reconhecimento desse momento importante da cultura na cidade e tem orgulho de abrir sua casa para inaugurar os festejos todo ano. "A Folia de Reis em Paraty é ainda mais especial porque se estende até o dia 20 de janeiro, quando o último Reis passa pela casa da Sra. Alza Gama, na Chácara da Saudade", explica.

No site Mapa de Cultura, realização da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, as especificidades da Folia de Reis em Paraty ganham destaque: sem bandeira, palhaços ou mascarados, importantes presenças nas folias de outras regiões. "É o espetáculo do canto, da bebida e da comida fartas". Do dia de Nossa Senhora da Conceição (08/12), quando surge a primeira estrela no céu, até 20 de janeiro, "os cantadores e suas violas, cavaquinhos, pandeiros e caixas visitam as casas dos moradores da cidade para anunciar em versos o nascimento e a visita dos Reis ao Menino Jesus".

Em reportagem publicada no site Agência Brasil, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), consta que Belchior, Gaspar e Baltazar, convertidos em santos pela Igreja Católica, teriam saído do Oriente se guiando por uma estrela e levavam três presentes: ouro, incenso e mirra. Para os devotos, "a data da chegada dos reis magos ao destino final é quando se encerram os festejos natalinos, que começam quatro domingos antes do 25 de dezembro, dia atribuído ao nascimento de Jesus Cristo".

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Segundo informações do livro Paraty - Religião & Folclore - Ontem & Hoje, de Thereza Maia e Tom Maia, do ponto de vista dos paratienses as folias evocam a visita que os Reis Magos fizeram ao Menino Jesus, e é por isso que acontecem sempre à noite. Os versos cantados às vésperas do Natal referem-se à vinda de Jesus, enquanto nas datas seguintes o tema muda, chegando à visita dos Reis Magos. "Já houve tempo de saírem pela cidade oito Folias numa noite só…”, lê-se no capítulo 9: Festas Natalinas. 

No capítulo 2: Religião, Festas e Irmandades, do mesmo livro, sabe-se que as festas religiosas de Paraty podem ser, até hoje, divididas em dois grupos: as da igreja popularizadas são festas de oragos, padroeiros, em que o povo toma parte com festejos especiais; as exclusivamente populares são as festas gerais do Natal, Ano Novo, Reis, São João e São Pedro, Espírito Santo, Reisados. 

Essas festas religiosas, fixas e móveis, na expressão de um catolicismo popular, folclórico, apresentam numerosos aspectos que não podem deixar de ser considerados. Em primeiro lugar, a novena ou tríduo de novena, puxados por capelão ou capelã sertanejos. Seguem-se ornamentos de bandeirinhas e flores de papel crepom e de seda e de bambu ou taquara, por vezes em forma de arcos, ou mesmo palmas de palmito. Os dias de festas… do santo festejado são assinalados com a alvorada de rojões e morteiros… e música de banda ou de grupos folclóricos que desfilam pelas ruas. É muito comum o ritual de hasteamento do mastro, com a bandeira… as fogueiras… a quermesse, ou apenas algumas barraquinhas, com bebidas típicas, jogos e divertimentos. [...] a organização fica sob a responsabilidade das irmandades populares, folclóricas, desses santos, que chegam a possuir mais autoridade, nessas ocasiões, do que os próprios vigários ou sacerdotes católicos. 

"Religião & Folclore - Ontem & Hoje", Thereza Maia e Tom Maia (páginas 33 e 34).

Pesquisas realizadas ao longo de décadas apontam a Folia de Reis como uma das manifestações populares mais expressivas que formam o patrimônio cultural do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com informações do documento Entre rotinas e ritos, trabalho e festa: inventário das Folias de Reis fluminenses para registro como patrimônio cultural brasileiro, de autoria de Ricardo Gomes Lima e Thiago Silvestre da Silva, a Folia de Reis é forte candidata ao registro como patrimônio cultural imaterial brasileiro porque é referência para grupos de diferentes comunidades do estado fluminense e constitui-se como uma das mais antigas formas de Reisado existentes no Brasil. "Apesar de sua maior incidência ocorrer nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, enquanto integrante da 'família' dos Reisados, trata-se de uma das expressões culturais mais presentes e representativas da identidade nacional brasileira". 

O pedido de registro da Folia de Reis Fluminense como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil foi submetido à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (Iphan-RJ) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), proponente da candidatura. A proposta, resultado de pesquisa realizada pelo Departamento Cultural da UERJ, reuniu conteúdo audiovisual com depoimentos mapeando as 15 folias mais tradicionais de 15 municípios do Estado e construiu o dossiê com a memória dessa manifestação cultural. Os inventários incluíram os municípios de Itaboraí, Paraty, Mangaratiba, Angra dos Reis, Vassouras, Rio Claro, Quatis, São Pedro da Aldeia, Quissamã, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Petrópolis, Duas Barras, Santa Maria Madalena e Rio de Janeiro. 

Os portugueses aqui chegados, nos primórdios da ocupação do território então conquistado, trouxeram na bagagem cultural hábitos e visões de mundo, incluindo sistemas de crença que orientam o modo do homem se relacionar com o mundo sobrenatural e também organizam as relações sociais que dão sentido à vida em sociedade e a regulamentam. Já àquela época, junto a um conjunto bastante amplo de prescrições, cerimônias e rituais, expressões da fé católica praticada pelo povo, encontra-se a devoção aos Santos Reis, assim denominadas as figuras bíblicas de Gaspar, Baltazar e Melquior. Diz-se mesmo que a história dos Reis Magos, pela teatralidade que permite ao ser encenada, foi apropriada pelos jesuítas como instrumento de catequese da população nativa ainda no século XVI.

"Entre rotinas e ritos, trabalho e festa: inventário das Folias de Reis fluminenses para registro como patrimônio cultural brasileiro", Ricardo Gomes Lima e Thiago Silvestre da Silva.

O projeto "Inventário Nacional de Referências Culturais das Folias de Reis do Estado do Rio de Janeiro", realizado a partir da assinatura do Termo de Cooperação Técnica firmado entre a UERJ e o Iphan/RJ, está respaldado na aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais - INRC,  uma metodologia de inventário de bens culturais criada pelo Iphan para subsidiar a execução do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (Decreto 3551/2000).

Datas históricas 

No dia 9 de dezembro de 2022 a equipe da Secretaria de Cultura de Paraty esteve na Folia de Reis da comunidade do Rio Pequeno trabalhando no registro audiovisual e na pesquisa para o CPDOC (Centro de Pesquisa, Documentação e Acervo de Paraty), com o objetivo de pesquisar, documentar, preservar e disponibilizar o material registrado para consulta pública. O historiador Flávio Melo entrevistou mestre Pardinho, cirandeiro do "Grupo de Danças Folclóricas de Tarituba" e guardião da memória das tradições e da cultura de Paraty. Pardinho contou que outrora os foliões acordavam as famílias em suas casas logo pela manhã e tocavam por cerca de quase uma hora na casa do escolhido apreciando a festividade. "Não tem algo mais bonito que a Folia de Reis te acordar logo pela manhã, pelo significado do nascimento de Jesus na sua porta, o nascer e acordar com o menino Jesus é lindo",  disse Pardinho. Atualmente as folias costumam visitar as casas por um breve momento.

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Na comunidade do Rio Pequeno, em Paraty, a tradição da Folia de Reis foi retomada no início de dezembro de 2022. Após a missa na Capela de Nossa Senhora Aparecida e São Jorge, o cortejo com os foliões da Ciranda de Tarituba visitou as casas dos moradores subindo a estrada até a famosa Casa de Farinha. No Rio Pequeno as famílias convivem com as tradições caiçaras e caipiras, graças à troca cultural que os moradores antigos tinham ao caminhar mata adentro até a cidade de Cunha, no Estado de São Paulo. A Casa de Farinha, por exemplo, existe desde 1900 e tem passado por gerações da mesma família. Vista como o coração da comunidade, atualmente é cuidada pelo mestre Sr. Zequinha, guardião da cultura caiçara que ao 72 anos de idade é fazedor da farinha de mandioca.

 

Preservar as tradições fortalece o sentimento de pertencimento na comunidade. Ângela Pontes, moradora do bairro há 30 anos, explicou também em entrevista a Flávio Melo que a realização da Folia de Reis no Rio Pequeno foi uma iniciativa da "Associação de Moradores e Produtores Rurais da Comunidade Tradicional Caiçara do Rio Pequeno" e teve como objetivo a realização do projeto "Salvaguarda de manifestações culturais da comunidade tradicionais caiçaras do Rio Pequeno", projeto apoiado pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) e pela SECEC-RJ (Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro). "O convívio em comunidade despertou em mim o interesse em contribuir para a preservação e divulgação da cultura caiçara", afirmou Ângela.

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Data marcante para a cidade de Paraty, o dia 6 de janeiro de 2023 foi aguardado ansiosamente pelos moradores que trabalham para salvaguardar o patrimônio imaterial. A Prefeitura de Paraty, através da Secretaria de Cultura e do Conselho Municipal de Políticas Culturais, junto à família do mestre Seu Amélio Vaz, convidaram toda a comunidade para o lançamento da reedição do livro Vida Caiçara: istórias i causus di Mestri Améliu Vaz, seguido pela celebração de Folia de Reis e café caiçara coletivo, momentos únicos de valorização do patrimônio imaterial.  

Abaixo está reproduzido na íntegra o discurso de abertura do evento:

Estamos presentes aqui neste dia tão especial, o dia em que celebramos os Reis, para homenagear o nosso Mestre Amélio Vaz, pois é também a data em que ele fez seu retorno à casa do Pai.

Sim, nesta data tão significativa e emblemática temos a honra de lançar a segunda edição do Livro “VIDA CAIÇARA: ISTÓRIAS I CAUSUS DI MESTRI AMÉLIU VAZ”, lançamento à altura do modo de vida caiçara de Seu Amélio, simples, mas rica em sabedorias.

Ao realizar este lançamento no Dia de Reis, essa homenagem se estende ainda a todos os Foliões, Cirandeiros e Pescadores que mantêm viva a Folia de Reis, uma das muitas tradições presentes na vida dos paratienses que seu livro tão bem aborda.

A Folia de Reis é um festejo da cultura popular brasileira, de origem portuguesa, que tece elementos da nossa identidade cultural. Os foliões reproduzem de forma simbólica a viagem dos três Reis do Oriente, que seguiram a Estrela-Guia à procura do Menino Deus, o Rei dos Reis. Por esse motivo o folguedo ocorre apenas no período da noite. Os foliões vestem roupas próprias e visitam casas cantando acompanhados pela viola, a caixa, o pandeiro e a rabeca.

É então a data mais oportuna e significativa para essa homenagem. Bem como o local: essa cerimônia podia estar acontecendo em uma livraria da cidade ou na Casa de Cultura, mas nenhum desses lugares nos remeteria ao modo caiçara de Festar da nossa gente, na comunidade. Aqui sim, onde Seu Amélio passou grande parte de sua vida e muitos causos contou na porta de sua casa, quanta riqueza!

O lançamento dessa segunda edição do Livro “VIDA CAIÇARA: ISTÓRIAS I CAUSUS DI MESTRI AMÉLIU VAZ” engrandece o Setor Literário de Paraty, enriquecendo-o com esta obra que retrata o nosso estilo de vida. É com todo esse amor que a Secretaria de Cultura, junto ao Conselho Municipal de Políticas Culturais e à FAMÍLIA AMÉLIO VAZ, entregam essa segunda edição, com a missão da salvaguarda dos saberes de seu Amélio para as gerações futuras, sendo uma ação conjunta que contempla metas dispostas no Plano Municipal de Cultura nos setores Patrimônio Material e Imaterial e Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas.

Texto de Paula Fabricante, Luara Marques e Marcos Maffei, servidores da Secretaria de Cultural de Paraty.

A edição do livro "Vida Caiçara: istórias i causus di Mestri Améliu Vaz" tem apoio da Secretaria de Cultura e do Conselho Municipal de Políticas Culturais, com recursos oriundos do Fundo Municipal de Cultura, com o objetivo de atender às metas 1, 5 e 7 do setorial de Patrimônio Material e Imaterial, e 4, 8 e 18 do setorial de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, contidas no Plano Municipal de Cultura (Lei 2218/2019) a publicação de livros e preservação do patrimônio imaterial.

A venda do livro “Vida Caiçara: istórias i causus di Mestri Améliu Vaz” é proibida. Os exemplares doados para a Biblioteca Municipal de Paraty são parte do acervo da Coleção Paratiana e estão disponíveis para consulta do público. A publicação homenageia a sabedoria de Seu Amélio Vaz, mestre caiçara, e reúne contos sobre a vida do pescador, folião e cirandeiro. 

CRÔNICAS DE PARATY - Folias di Reis i du Divinu

Por Amélio Vaz (1945 – 2020)

A Folia di Reis tem um significadu, qui são profecia¹ qui fala da vida di Jesus, i também fala du presenti qui eli recebeu. A profecia diz a istória, qui si transforma em versu, u anunciu dus profeta. Us presenti qui us reis magus levaram, marcava a trajetória di Jesus. É u rei decoradu pelu judeus, divindadi i elevação.

Us versu da Folia di Reis é u seguinti: a genti chega na casa i pedi licença dizendu assim:

Honradu donu da casa

Botei u pé na calçada

Oh meu nobri cavaleru

I a sua família honrada

Comu vai sua saúdi

Comu é qui tem passadu

Comu vai sua família

Perguntá é um devê sagradu

Não queru qui mi dê nada

Qui nada tenhu vus dadu

Só queru qui abra a porta

Nos amostra um bom agradu

Oh qui noiti tão sagrada

Oh qui hora tão bendita

Qui viemu em sua casa

Pra fazê essa visita.

Depois, u mestri di folia diz u qui vai fazê cantandu u seguinti versu:

Honradu donu da casa

Peçu qui presti atenção

Peçu qui mi dê licença

Vô mudá di coleição

Aí começa a cantá u qui vai dizê, si é anunciu, si é u nascimentu o si é visita. U mestri qui canta Folia di Reis i não pedi licença pru donu da casa i não salda, não é mestri. 


Clique aqui e acesse a obra "Vida Caiçara: Istórias i Causus di Mestri Améliu Vaz" em versão digital e formato PDF.

 

Texto e pesquisa por: Débora Monteiro

Revisão: Paula Fabricante, Flávio Melo e Matheus Ruffino 

Fotografia de capa: Marcelo Alves 

Fotografias no texto: Filipe Campos

 

 Referências:

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